sexta-feira, 29 de abril de 2011

Último enforcamento na Freguesia de Santo Antônio.

Conta-se que antes da criação da Vila de Santo Antônio, a Freguesia era governada pelo Comando Da Guarda. No Centro da Praça, no fim da Rua Direita, ao lado da Igreja Matriz e cemitério existia uma forca para execução de condenados.
Alí, no ano de 1810, foi feita a última execução. Era de um moço que chegou a Santo Antônio vindo de São Paulo e enamorou-se de Marfiza de Castro, filha adotiva do tabelião João Amaro Alvarez da Silva e Castro, proprietário de uma chácara que iniciava onde hoje é a praça da Bandeira. Por questões de ciúme, Marfiza foi assassinada por seu pretendente embaixo de uma figueira alí existente até os anos de 1990.
Por Alvará de 16/dez/1812, ficou Porto Alegre como cabeça da Comarca de São Pedro de Rio grande e Santa Catarina e a partir desta data os condenados eram enviados a Porto Alegre.
Bibliografia- Reminiscências da minha Terra- Santo Antonio da Patrulha-EST- José Maciel Junior(Juca Maciel).
"Curva da figueira", foto de Sebastião Oliveira em 1974.

A Figueira em foto da década de 1960.(Foto do livro-Poesia na Praça-1992.)
Foto aérea de 1990 em que a figueira está assinalada.( foto de Fernando Lauck)



quarta-feira, 20 de abril de 2011

O início de tudo.

Pelo ano de 1743, o soldado da Guarda de Viamão, Inácio José de Mendonça e Silva se estabelece na região da hoje Cidade Alta e em 09/06/1755 recebe carta de sesmaria com "meia légua em quadra" e em setembro de 1755 casa-se com Margarida da Exaltação da Cruz, filha do abastado fazendeiro Manuel de Barros Pereira. Tiveram cinco filhos, além dos dois de Inácio e tiveram grande descendência.
O pai de Margarida não adimitia noivado e casamento por ser a filha muito jovem, 13 anos, sua única herdeira e nutrir por ela grande amor a ponto de ter pago professor a lhe ensinar as letras, coisa quase inverossímel para época.
Mas ela o desejava e talvez a pedido do futuro noivo escreve um bilhete de consentimento com o qual Inácio inicia um "Processo Eclesiástico" resultando na retirada de Margarida da fazenda do pai e sendo "Depositada" em Viamão até a cerimônia por cerca de três meses.
Foram viver nas terras de Inácio e construíram a pedido do Bisbo do Rio de Janeiro, Dom Frei Antônio do Desterro, uma Capela, inaugurada em 1760, e em 08/10/1763 a elevando a categoria de Igreja Matriz e o lugar em Freguesia, iniciando assim um núcleo habitacional transformado logo em Vila e à 07/10/1809 em um dos quatro primeiros Municípios do Rio Grande do Sul. Em 03/04/1811 foi instalada a Câmara de Vereadores.
A Capela ficava localizada onde hoje é a Pira da Pátria e o casal fundador foi sepultado dentro da Igreja.
Margarida morreu em 05 de julho de 1763 aos 21 anos e Inácio em 20 de março de 1765, com mais ou menos 60 anos.
Compilado do livro- Guarda velha de Viamão de Ruben Neis- EST/Sulina- 1975. E uma ajudinha do nosso amigo Jaime Nestor Müller.
Foto do bilhete com bela escrita de Margarida e após 256 anos, bem deteriorado.
Justa homenagem ao casal.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Homenagem ao Museu Antropológico Caldas junior.

" O prédio na Av. Borges de Medeiros, 427, hoje abriga, pela Lei nº 1293/74, a Sede do Museu Caldas Junior. Segundo o historiador Juca Maciel era chamada de " a casa rosada". Esta casa foi construída possivelmente em 1820, pelo Alferes e Vereador Francisco Xavier da Luz e que em 1826 hospedou como casa da Presidência da Câmara Municipal, Dom Pedro I, quando de sua viagem à Cisplatina.
De 1870 à 1880 nela residiu o Juiz de Direito Dr. francisco Antônio de Vieira Caldas, pai de Caldas Junior, fundador do Correio do Povo e patrono de nosso Museu.
Na década de 1940, alí residiu Bernardino Coelho Ramos que possuia Cartório Civil e Crime.
Na década de 1950 morou Miguel Pereira dos Santos, introdutor da sistema de arroz irrigado de Stº Antônio.
Nos anos de 1960 foi residência da família do dentista João Batista teixeira e deste a casa foi desapropriada pelo então Prefeito Gelso Bier em 1974. E em 14/10/ 1982, foi inaugurado o Museu na 1ª administração do Prefeito Ferúlio Tedesco Netto. Por um período a instituição fechava suas portas, sendo restaurado em parte e reinaugrado em 18/12/1992 na gestão do Prefeito Sílvio Fofonka". Texto retirado do verso de uma foto de sua inauguração. O boneco que ali existe, eram dois um em cada pilar, foram presenteados pelos herdeiros do Sr. Bernardo Luz nos anos de 1940 ao Sr. Bernardino Ramos.
Inauguração com a presença de Breno Caldas e autoridades em 1982.
 Logo após restaurado em 1992.
Aqui no final da década de 1980.
Quando era residência nos anos de 1940.
Nos anos de 1970 em foto recebida de Débora Terres.
Logo depois de inaugurado, nota-se que ainda possuia os dois bonecos.

sábado, 2 de abril de 2011

Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem.

Nos anos de 1960 com o aumento populacional do Bairro  Pitangueiras, a comunidade sente a necessidade de ter a sua Igreja e com a ajuda de muitos começa a tomar forma o futuro e belo Templo.
Imagens de uma procisão e uma missa no interior ainda em obras.
Fotos gentilmente cedidas pelo Padre Luciano as quais pertencem à casa Paroquial.
Quase...foto Ivan de Paula.

Década de 1970.(AJM)-Arquivo Juca Maciel-

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Marechal Floriano.

Bela imagem da Rua Marechal floriano quase esquina com a Avenida Borges de Medeiros, acredito que esta foto seja da década de 1940. A senhora que está na porta do sobrado é a mãe da Srª Laura Holmer que em fevereiro de 2011 completou 50 anos à frente de sua loja, sendo uma das mais antigas em funcionamento em nossa cidade. O prédio com os mastros para bandeiras era  a sede do Cassino Club fundado em 1937. O prédio mais a esquerda era o armazém do Sr.Henrique Linde Filho, vendido posteriormente para o Sr. Cândido Gomes o qual o transformou no famoso Açougue Eldorado.
Abaixo o local em  2011.