O pai de Margarida não adimitia noivado e casamento por ser a filha muito jovem, 13 anos, sua única herdeira e nutrir por ela grande amor a ponto de ter pago professor a lhe ensinar as letras, coisa quase inverossímel para época.
Mas ela o desejava e talvez a pedido do futuro noivo escreve um bilhete de consentimento com o qual Inácio inicia um "Processo Eclesiástico" resultando na retirada de Margarida da fazenda do pai e sendo "Depositada" em Viamão até a cerimônia por cerca de três meses.
Foram viver nas terras de Inácio e construíram a pedido do Bisbo do Rio de Janeiro, Dom Frei Antônio do Desterro, uma Capela, inaugurada em 1760, e em 08/10/1763 a elevando a categoria de Igreja Matriz e o lugar em Freguesia, iniciando assim um núcleo habitacional transformado logo em Vila e à 07/10/1809 em um dos quatro primeiros Municípios do Rio Grande do Sul. Em 03/04/1811 foi instalada a Câmara de Vereadores.
A Capela ficava localizada onde hoje é a Pira da Pátria e o casal fundador foi sepultado dentro da Igreja.
Margarida morreu em 05 de julho de 1763 aos 21 anos e Inácio em 20 de março de 1765, com mais ou menos 60 anos.
Compilado do livro- Guarda velha de Viamão de Ruben Neis- EST/Sulina- 1975. E uma ajudinha do nosso amigo Jaime Nestor Müller.
Foto do bilhete com bela escrita de Margarida e após 256 anos, bem deteriorado. |
Justa homenagem ao casal. |
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