quarta-feira, 25 de maio de 2011

Sete Fuzilados.

Corria o ano de 1893 e o Estado se agita com a Revolução Federalista, sendo deposto Júlio de Castilhos.
Neste clima a população do então distrito do Caraá fica apreensiva com a presença de um grupo que perambulava por lá.
O Cel. Antônio Carlos "Chachá" Pereira, comandante militar da praça, sendo avisado faz a prisão do grupo e ao interrogar os maltrapilhos declaram que tinham desertados das forças sediadas na Conceição do Arroio(Osório), sentiam fome, queriam trabalhar, inclusive pediram para serem incorporados como soldados na força do Comandante. Este não os atendeu e ordenou o fuzilamento.
Depois de cavarem suas covas, recebem a extremunção do Padre João Batista Scarpetti, executados extra muros do cemitério do alto da lomba. Este acontecimento abalou a população da Vila e até hoje comentado, e há relatos de milagres atribuídos aos 7 fuzilados.
"Chachá" Pereira foi uma figura muito discutida e de personalidade temperamental. Terminada a Revolução o Cel. "Chachá" foi eleito Deputado Estadual e faleceu em sua terra natal, Taquarí.
O Padre Scarpetti atuou em Santo Antônio de julho de 1887 à 1893.

Fontes: Juca Maciel-Reminiscências da Minha terra-Santo Antônio da Patrulha-EST. 1987 e Guarda Velha de Viamão-Ruben Neis-EST/Sulina.1975.

Antes deste Túmulo existia um bloco de granito e uma placa homenageando-os e também uma pequena e antiga árvore retorcida que dizem estava alí quando foram mortos.

Local sempre muito visitado

5 comentários:

  1. Minha mãe sempre conta esta história... Parabéns pela iniciativa! Nossa cidade tem um passado muito rico e deve ser contado para que não se perca.

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  2. Antonio Chacha Pereira, era tenente do Exército quando foi comissionado no posto de major por Barros Cassal para comandar a Guarda Cívica no início de 1892. Em março de 1892, Barros Cassal extinguiu a Guarda Cívica e criou no seu lugar o Corpo Policial com estrutura profundamente militarizada e comissionou Chacha Pereira no posto de tenente-coronel para comandar essa força pública. Neste cargo ele acumulou a chefia de polícia. No inicio de junho de 1892 ele se demitiu e apoiou o retorno de Júlio de Castilhos ao poder na revolta de 17 de junho, retornando ao posto de tenente do exército nacional. na Revolução Federalista ele comandou alguma tropa legalista no posto de capitão e depois da guerra civil de 1893, ele participou da Guerra de Canudos em 1897, no 32º batalhão de infantaria onde foi ferido. Chacha Pereira morreu em 1904 como major do exército. Ele nunca foi coronel. Dizer que Chacha Pereira era coronel está muito errado. Exceto quando ele era tenente do exército e foi comissionado como tenente-coronel para comandar o Corpo Policial, mas terminada essa comissão ele retornou e retomou o posto de tenente. Quando ele morreu em 1904, era major. Assim, os jornais de Porto Alegre, noticiaram a sua morte: "Faleceu hoje o major Chacha Pereira...". Romeu Karnikowski

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    1. Romeu, muitíssimo grato pelo enriquecimento da pouca história conhecida sobre este capítulo da revolução, em 1893. Inclusive há pouco num grupo de Rolante publicaram uma foto da fábrica de túmulos que doou, em 1950, o jazigo anterior a este da foto.

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  3. Mas não levo muita fé nesta história.

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